Pires, H. (2013). Usos do espaço, liberdades e constrangimentos: São Paulo, Cidade Limpa: estudo de caso
“Uma visita à cidade de São Paulo, antes de 2007, dificilmente deixaria de impressionar o olhar, pelo impacto visual que a publicidade exterior então originava na paisagem. A par de alguns edifícios ou estruturas de interesse arquitetónico e cultural, impunha-se na paisagem a expressão excessiva de profusas e frequentemente gritantes mensagens comerciais. Parecendo debater-se entre si, numa tentativa de rompimento com uma certa indiferença e apatia geral dos passantes, outdoors, lonas, néons e mesmo letreiros comerciais de grande escala, compostos de letras garrafais, indiciavam já os limites de tolerância ao espaço de visibilidade de uma cidade que ao mesmo tempo se exibia na sua imensidão aparentemente infinita. Sobretudo, São Paulo assumia-se como uma cidade-espetáculo desgarrada de qualquer outra pretensão que não a da celebração do entretenimento e do consumo através da transformação em imagem de uma cultura que se afirma exaltante e, como tal, sedenta da permanente invenção do Novo”.
Trecho do artigo: Usos do espaço, liberdades e constrangimentos | São Paulo, cidade limpa: estudo de caso
Autora: Helena Pires
Texto na íntegra aqui.
Documentos
ANO
2013
AUTORES
Helena Pires
EDITORES
David Callahan e Rosa Cabecinhas | Universidade do Minho e Universidade de Aveiro