Pires, H. & Mesquita, F. (Eds)(2018). Publi-cidade e comunicação visual urbana. Braga: CECS
“É conhecida a importância dos grupos de pertença na formação das identidades juvenis (Pais, 2003), assim como no agenciamento de ligações e realizações societais, em especial nos contextos urbanos (Maffesoli, 2014). O graffiti oferece, sobretudo aos mais jovens, enquanto atividade coletiva, uma especial oportunidade de “socialidade” (Maffesoli). Pela sua natureza frequentemente subversiva, a prática do graffiti constitui-se como um lugar marginal, onde a expressão de uma dada crítica social, o exercício de uma linguagem específica, mais ou menos encriptada, a exploração de técnicas e de estilos, enquanto recursos de afirmação estética e política, e ainda a experiência do risco de participação não autorizada no espaço público, se mantêm profundamente desafiantes de um pensamento não-alinhado, inconformado com a ordem estabelecida (Campos, 2013; Ferrell, 1996).
Por um lado, a prática do graffiti não dispensa a possibilidade de afirmação da identidade individual, nomeadamente porque se impõe a cada um a condição, implícita, de criação de um estilo pessoal (um nome, uma caligrafia, um tag). Por outro, inscreve-se numa lógica territorial de apropriação do espaço, o que quer dizer numa lógica propiciadora da afirmação das sub-culturas urbanas, das etnias, etc. (Hebdige, 2005, pp. 355-371)”. A arte urbana e os lugares do habitar. Up There, o caso da intervenção de Katre no Bairro de Carcavelos – Helena Pires
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ANO
2018
AUTORES
Helena Pires e Francisco Mesquita (eds)
EDITORES
CECS