A arte de caminhar. Lisboa: Quetzal Editores

Alguns autores, ao longo dos últimos anos, dedicaram a sua atenção, direta ou indiretamente, a uma associação: cidade + caminhar.

Walter Benjamin diria, em Infância Berlinense: 1900 (1938/2013), que é necessário perdermo-nos numa cidade. Edgar Allan Poe, por sua vez, em The Man of the Crowd (1840/2013), revela uma capacidade ímpar de observação do espaço citadino e de quem o habita ao caminhar seguindo os passos de uma personagem. Poderia inserir também Charles Baudelaire, em Sobre a Modernidade (1863/2013), que faz a mesma associação: observar o espaço urbano, os costumes, o quotidiano, as fantasmagorias… tudo em caminhada.

Erling Kagge, nas suas caminhadas pelo mundo, revela em A arte de caminhar (2018) a mesma conexão. Segundo o autor, “caminhar significa por vezes empreender uma viagem interior de descoberta” (p. 42), mas não só. “Quando caminho, posso parar sempre que me apetece. Olhar ao redor. E depois continuar” (p. 43).

Por fim, o autor revela que nas suas investigações topográficas, aprendeu que o caminhar deve ser realizado “cheio de amor e com toda a atenção. O homem que caminha deve estudar e observar cada pequeno ser vivo” (p. 56).

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ANO

2018

AUTORES

Erling Kagge