Imaginando uma Angola pós-colonial: a cultura Hiphop e os inimigos políticos da Nova República | Tese
Resumo: “A história pós-colonial de Angola está dividida entre três períodos de guerra civil (1975-1991,
1992-1994 e 1998-2002) e a reconstrução nacional (2002 – presente). Nestas quatro décadas
destacaram-se vozes de sujeitos que buscavam, por meio da arte, externar suas visões críticas sobre
o contexto e suas perspectivas de mudança, dando continuidade ao percurso trilhado por artistas
do período colonial que cantavam e poetizavam seus sonhos de nação independente e autônoma.
Desde o final da década de 1980 a cultura hip-hop desponta em Luanda, não apenas como uma
forma de diversão e entretenimento, mas, principalmente, como meio de expressão e comunicação
entre jovens sobre a realidade vivida no país em guerra civil e as expectativas de um futuro melhor.
Os ativistas do movimento hip-hop estão em constante diálogo com as produções culturais
realizadas desde a luta pela libertação nacional e com os fatores históricos que refletem sobre o
presente. Hoje, constituem-se como os principais contestadores do modelo político e das
desigualdades existentes em Angola, sendo assim tratados como inimigos políticos da nova
república. Nesta tese, apresentamos o contexto histórico que possibilita a formação da cena hip
hop em Angola, as fases percorridas por esse movimento e seu papel na disputa de imaginário e
construção do projeto de sociedade atual.”
Palavras-chave: Angola; pós-colonialismo; juventude; hip-hop; rap; narrativas do cotidiano;
corpos dissidentes.
A tese completa está disponível, em acesso aberto, no repositório da Unicamp, podendo ser lida a partir do seguinte link.
Fotografia: Beth Balboni (CC-BY-SA 2.0)
ANO
2019
AUTORES
Jaqueline Lima Santos
EDITORES
Unicamp