Coelho, Z.P. & Neves, J.P. (Eds.) (2010). Ecrã, paisagem e corpo
“Em termos culturais, esta passagem abre um novo universo. Implica mudanças na paisagem comunicacional dos ditos países desenvolvidos: da constelação do livro (enquanto medium) com a escrita (enquanto modo), e a lógica “do mundo narrado” que os acompanhou, passamos para a constelação do ecrã com a imagem, e para a lógica de “um mundo que é mostrado” (Kress, 2003:2; 2005: 6).10 Tal não deve ser visto como significando uma sequência de sentido único, de objectos semióticos únicos, mas apenas que a lógica que domina a organização semiótica do ecrã, enquanto interface desenhado, é a lógica visual. Como refere Kress, há modos baseados no tempo, como a fala, a dança, o gesto, a acção, a música, e modos baseados no espaço, como a imagem, a escultura, e a arquitectura (2003:45). Cada um destes modos de representação e comunicação, sendo social e culturalmente formado, não é transparente, tem potencialidades e limitações próprias, ou seja, privilegia diferentes construções da realidade e cria diferentes tipos de relações sociais, no quadro de uma determinada lógica e materialidade (Kress e van Leeuwen, 2003)”.
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ANO
2010
AUTORES
Zara Pinto Coelho e José Pinheiro Neves (eds.)
EDITORES
Grácio Editor