“Artists and Shanghai’s culture-led urban regeneration” [Artistas e a regeneração urbana liderada pela cultura em Xangai] de Sheng Zhong

Resumo: “Nos últimos anos, Xangai tem visto uma onda de esforços de regeneração urbana liderados pela cultura. O artigo discute as funções diferenciadas dos artistas na formação dos três distritos artísticos mais proeminentes de Xangai. Para simplificar a análise e melhor ilustrar, os artistas visuais e os designers ambientais foram categorizados, à grosso modo, em grupos de elite e não elite, dependendo do poder exercido na tomada de decisões sobre a transformação dos três locais. Descobriu-se que a produção artística e a regeneração urbana, dois campos rigidamente controlados pelo Estado na China, estavam cada vez mais ligados entre si nas cidades chinesas por meio da circulação e conversão de capital. Os artistas eram um elo fundamental entre os dois campos. Havia uma clara estratificação e fragmentação entre os artistas de Xangai. Os artistas de elite possuíam enormes quantidades de todos os tipos de capital, enquanto os membros não pertencentes à elite estavam em desvantagem em todas as frentes. No campo da regeneração urbana, os artistas não eram simplesmente usados inconscientemente como “catalisadores” por interesses imobiliários e funcionários da regeneração, mas seu segmento de elite também ajudava proativamente a reconstruir os espaços urbanos físicos e simbólicos. A participação ativa no setor imobiliário por parte dos empreendedores culturais ajudou na conversão da proposta estética no campo das artes em espaços culturalmente valorizados para venda no campo da regeneração urbana, e isso foi possibilitado pelas amplas conexões da elite com outros agentes sociais poderosos nos setores empresarial e estatal, construídas com base em experiências anteriores. Os artistas não pertencentes à elite participaram do processo de transformação sem saber de seus papéis auxiliares, mas não atuaram como uma força crítica coletiva contra o regime de crescimento hegemônico.”

 

O artigo está disponível, em inglês, no site da ScienceDirect.

 

Foto: King of Hearts (CC-BY-SA 4.0)

ANO

2016

AUTORES

Sheng Zhong

EDITORES

Elsevier