Movimento

A cidade, como o corpo, é, essencialmente, movimento. Quantos olhares cabem neste conceito? Do movimento das margens, até aos fluxos da rotina quotidiana, que distintas perspetivas oferece este tema ao antropólogo urbano ou à curiosidade do flanêur? O movimento pode ser motivo de conflito ou de harmonia. E o que dizer dos movimentos subterrâneos? Dos serviços de limpeza, que tratam a cidade quando dormimos? O processo criativo é, por definição, um movimento, que seleciona possibilidades e excluí outras. As ondas sonoras são, para a física, movimento. Assim como a luz. As cidades, já se sabe, fundem, absorvem, amplificam milhares de sons todos os dias, a todas as horas. Refletimos, nestes microensaios, sobre eixos fundamentais (não exclusivos) relacionados com a temática do movimento: o movimento/repouso das pessoas/grupos/coletivos/animais; o movimento/repouso dos objetos ou coisas; o movimento das máquinas/instrumentos; a duração; a circulação.